sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Co adopção homossexual






Quando aconteceu o referendo relativo ao casamento homossexual eu era inteiramente a favor, porém dividia-me relativamente à adopção. Por um lado, achava que não fazia sentido existir tantas crianças a quererem ser amadas e tantos homens ou mulheres com esse amor e não o poderem dar. Por outro, tinha medo que essas crianças pudessem ser gozadas um dia por outras crianças, ou mesmo revoltarem-se contra os pais ou mães por serem diferentes. Hoje, a minha opinião mudou completamente e ainda bem. Sou a favor da co adopção por parte dos casais homossexuais. Como referi, uma criança precisa de carinho e de amor e tenho a certeza absoluta que tanto dois homens como duas mulheres  o conseguem dar. Em Portugal temos um belo exemplo disso com o modelo Luis Borges e o seu marido, o cabeleireiro Eduardo Beauté. Para quê ficarem tantas crianças nas instituições a sonhar com uma família quando existe uma opção que poderia acabar com o sofrimento de tantas crianças? Não podemos pensar no que irão achar as outras crianças na escola ou o que irão sentir quando crescerem, temos de ver essa hipótese por outro de vista, como evitar. E a resposta é simples - mudando mentalidades. A sociedade tem de deixar de lado o estereótipo que os casais homossexuais são diferentes ou "anormais", para que a co adopção por parte de casais homossexuais comece a ser vista por todos, inclusive as crianças, como algo banal. É necessário mudar mentalidade para que daqui a alguns anos esta coisa de ter dois pais ou duas mães deixe de chocar tanta gente. E isso não se faz fechando os olhos e votar contra a co adopção, faz-se abrindo finalmente os olhos e assumir de frente que a homossexualidade existe desde sempre. É pena que em pleno século XXI muitos ainda pensarem que a homossexualidade é uma doença ou algo anti-natura. Li há anos que a homossexualidade existia em todas as espécies animais com o objectivo de controlar a natalidade e a reprodução. Se é verdade?! Não sei, mas essa reportagem ficou-me na memória e nunca mais me esqueço. Mesmo que a reportagem esteja errada, mesmo que não exista explicação, o amor não se explica sente-se e muitas das vezes pode ser irracional mas nunca, nunca anti-natural. Há uns tempos os pais de uma amiga minha separaram-se, o pai apaixonou-se por um homem e estão juntos há mais de dez anos e Felizes. Afinal, no final de todas as contas, debates e juízos de valor o que realmente interessa? Não é a felicidade de todos? Porra então deixem-se de merdas e aprovem já a co-adopção por casais homossexuais. Ninguém tem nada a ver se o casal A ou B quer adoptar uma criança. Ninguém. E como já referi, o que hoje para alguns é algo escabroso, daqui a uns tempos tem de ser visto como algo completamente natural para o bem de todos e este é o segundo passo para esse grande objectivo, o primeiro foi a aceitação do casamento.

E lembrem-se:


1 comentário:

A Gata de Saltos Altos disse...

É realmente um assunto muito complexo. Inicialmente, também era contra, mas agora...sinto-me mais a favor. Não deixa de ser estranho, mas o que importa é a forma como a criança será tratada.

Um beijinho d'A Gata e já agora, bom fim-de-semana *

http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/